Mesmo com poucas chuvas, participação de térmicas deve ser inferior a 2021, estima consultoria

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O despacho de termelétricas neste ano ainda deve se manter abaixo dos patamares alcançados na crise hídrica de 2021, mesmo com os desafios no setor elétrico da onda de calor e do baixo nível de chuvas, segundo previsões da Thymos Energia.

Durante a escassez de três anos atrás, o despacho do parque térmico chegou a 28,4% de toda a geração do Sistema Interligado Nacional (SIN), com 19 gigawatts (GW) médios em outubro de 2021, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Projeções da Thymos Energia indicam que, em outubro desde ano, pode haver um pico de 21% da geração de energia sendo feita pelas termelétricas. 

As térmicas são importantes para o atendimento das faixas de horário críticas, das 18h às 22h, quando cai a contribuição da solar e da eólica.

O levantamento da Thymos indica que, após o pico de participação das térmicas em outubro, deve ocorrer uma diminuição gradual nos meses de novembro e dezembro, com o ano sendo finalizado em 11% da geração por meio das termelétricas.

A consultoria estima que a bandeira tarifária vermelha nível 1 se manterá em outubro, mas pode voltar ao amarelo em novembro.

As usinas fotovoltaicas atingiram nesta terça-feira (10/9) um pico de 29,9 GW às 12h51, mas a geração caiu para menos de 10 GW por volta das 16h30.

Já as eólicas tiveram o ponto mais alto de geração à 1h25 da madrugada, quando estavam sendo entregues 21,1 GW. O nível mais baixo foi por volta de 13h, com uma marca de 12,2 GW.

Mesmo que medidas tenham sido adotadas para economizar os reservatórios, as usinas hidrelétricas seguem sendo responsáveis por mais da metade da carga média do SIN, com 40 GW médios de participação na geração.

Em setembro, o consumo instantâneo de energia oscila entre 69 GW e 95 GW.

Cenário é menos crítico

Na avaliação de Mayra Guimarães, diretora de regulação e estudos de mercado na Thymos Energia, a diferença entre 2021 e 2024 está no armazenamento dos reservatórios. 

Para a especialista, ainda não se pode falar em crise hídrica nem em risco de racionamento de energia.

“Agora a gente tem uma afluência muito ruim, pior que 2021, mas os nossos reservatórios estão muito bem posicionados. Estamos em outro cenário. É preciso prestar atenção, mas o ONS foi autorizado a tomar medidas para manter os reservatórios”, disse.

Atualmente, o subsistema Sudeste-Centro Oeste está com 53,1% de armazenamento. Em setembro de 2021, as usinas possuíam 16,7% da capacidade.

No Sul, são 58,72% contra 28,5%, registrado três anos atrás. O excesso de chuvas na região contribuiu para os níveis seguirem altos.

Já o Nordeste tem 14 pontos percentuais a mais de água nos reservatórios, na comparação com 2021. O nível atual é de 54%. No Norte, onde predominam usinas a fio d’água, a capacidade neste momento está em 78%, mas chegou a 60,8% em setembro de 2021 e despencou para 33,1% dois meses depois.

Fonte: eixos

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