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Um levantamento feito pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE mostra que houve um impacto limitado no consumo de energia elétrica da adoção de medidas restritivas para conter o avanço da COVID-19 no país. Em março, fase mais crítica da pandemia em 2021, o volume consumido no Sistema Interligado Nacional – SIN foi de 66.650 megawatts médios (MWm), volume 5,5% maior que o mesmo período do ano passado.

“Esse incremento, tanto em março quanto na análise dos números referentes ao primeiro trimestre do ano, indica uma curva de aprendizagem em relação à pandemia e mostra que vários setores da economia conseguiram manter sua operação ainda que diante de regras mais rígidas que aquelas adotadas no ano passado”, avalia Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE.

Em março, 19 estados e o Distrito Federal registraram alta. Rio de Janeiro (+14,1%), Santa Catarina (+10,5%), Pará (+9,0%), São Paulo (+7,9%) e Bahia (+7,3%) foram as cinco regiões com maiores índices. Entre os que registraram baixa no consumo estão Rio Grande do Sul (-10,9%), Amazonas (-9,5%), Rondônia (-8,0%), Acre (-5,9%) e Paraíba (-0,6%).

Ao verificar os ramos de atividade, todos os segmentos que atuam no mercado livre, onde estão as indústrias e as empresas de pequeno e médio porte, apresentaram crescimento no consumo de energia na comparação com 2020. O setor de Saneamento registrou a maior alta (+34,7%), seguido pelo Comércio (+26,7%), Têxtil (+24,5%), Veículos (+22,1%) e Manufatura (22,0%).

Na avaliação do primeiro trimestre, o volume consumido aumentou 3,7% em relação ao mesmo período de 2020. Segundo a CCEE, a alta foi puxada pelo maior consumo no Ambiente de Contratação Livre – ACL, que cresceu 11,5%. No Ambiente de Contratação Regulada – ACR, onde estão pequenas e médias empresas e a grande maioria dos consumidores residenciais, o primeiro trimestre encerrou com consumo 0,3% acima do ano passado.

Cenário Internacional

A CCEE também analisou dados dos Estados Unidos e das principais economias da Europa, considerando que as medidas de isolamento social nestas regiões também reduziram de maneira expressiva o consumo de energia elétrica no ano passado. A alta registrada em março no Brasil na comparação com 2020 (+5,5%) coloca o país à frente da Espanha (+5,1%), Estados Unidos (+0,6%) e Reino Unido (-0,3%) e atrás somente da Itália (+12,2%) e França (+6,2%).

Fonte: CCEE

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