O Leilão de Transmissão n° 02/2024, promovido nesta sexta-feira (27/9) pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL na sede da B3 em São Paulo, foi concluído com vencedores para os três lotes apregoados. O deságio médio foi de 48,89% em relação às Receitas Anuais Permitidas iniciais máximas estabelecidas pela Agência para o certame, o que se reflete em uma economia de R$ 6,8 bilhões para os consumidores de energia.
O consórcio e as empresas vencedoras se tornaram responsáveis pela construção e a manutenção de a construção e a manutenção de 783 quilômetros (km) em linhas de transmissão e de 1.000 megavolt-ampères (MVA) em capacidade de transformação, além da continuidade da prestação de serviço público de 162,9 km de linhas de transmissão e 300 MVA em transformação. Os lotes abrangem seis estados: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Santa Catarina. O investimento previsto é de R$ 3,35 bilhões e são previstos 7 mil empregos diretos durante o período de construção das instalações.
A homologação do leilão pela ANEEL está marcada para 12 de novembro e a data marcada para assinatura dos contratos de concessão é 13 de dezembro. Os empreendimentos arrematados terão prazo de conclusão de 42 a 60 meses.
Veja abaixo os resultados do leilão:
LOTE | VENCEDOR | UF | INVESTIMENTO (R$) | RAP DO EDITAL (R$) | RAP CONTRATADA (R$) | DESÁGIO % |
1 | Consórcio Engie Brasil Transmissão | SC/PR/MG/SP/ES | 2.933.612.926,94 | 486.413.673,06 | 252.245.000,00 | 48,14% |
3 | Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. | SP | 244.012.905,07 | 38.156.421,15 | 17.760.000,00 | 53,45% |
4 | COX Brasil S.A | BA | 168.242.692,25 | 28.353.212,51 | 12.600.000,00 | 55,56% |
Lote 2, no Rio Grande do Sul, foi retirado para estudos
Dos quatro lotes previstos inicialmente para o leilão, um deles, o lote 2, precisou ser excluído durante o processo de aprovação do edital. O Ministério de Minas e Energia (MME) determinou que o lote, com empreendimentos no Rio Grande do Sul, fosse retirado para um novo estudo do traçado das linhas de transmissão e da localização das subestações inicialmente previstas, a ser produzido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A justificativa é de que os locais onde seriam instalados os empreendimentos, em especial a subestação São Sebastião do Caí 2 e as linhas de transmissão 230 kV Caxias – São Sebastião do Caí 2 e 230 kV Ivoti 2 – São Sebastião do Caí 2, foram severamente afetados pelas inundações verificadas no Rio Grande do Sul em abril.
Fonte: gov.br