O consumo de energia no mercado livre avançou 5,2% em agosto frente ao mesmo mês no ano passado, de acordo com o mais recente estudo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. No mercado regulado, porém, o consumo caiu 2,3% na mesma base de comparação, que levou a um registro de estabilidade no Sistema Interligado Nacional – SIN.
Os resultados preliminares, relativos a 1º a 28 de agosto, não consideram a migração de 905 MW médios em cargas do ambiente regulado. Expurgando os efeitos das migrações, o mercado livre teve ligeira alta de 0,5%, enquanto o regulado apresentou estabilidade (-0,1%).
As informações levam em conta o consumo total do mercado cativo (conhecido pela sigla ACR), em que o consumidor compra energia diretamente das distribuidoras, e do livre (ACL), que permite a escolha do fornecedor e a negociação de condições contratuais. Além disso, o estudo não calcula os dados de Roraima, único estado não interligado ao sistema elétrico nacional.
Para mais detalhes sobre o panorama recente do setor de energia, consulte a ferramenta online da CCEE, que apresenta análises do consumo em base diária, permitindo filtros por ambiente de contratação, submercado, unidade federativa e por segmento de atividade.
Ramos de atividade
Com relação ao consumo de energia por ramo de atividade, expurgados os efeitos de migrações para o mercado livre, seis segmentos apresentaram queda na demanda nas três primeiras semanas de agosto, frente a igual período em 2019, com destaque para serviços (-20%), transportes (-12%), veículos (-11%). As maiores altas de consumo foram verificadas nos setores de bebidas (12%), minerais não-metálicos (9%), alimentícios (4%) e saneamento (4%).
Análise regional
A CCEE analisou ainda o desempenho do consumo de energia elétrica dos estados em agosto. As maiores altas ocorreram nos estados do Amazonas (10%), Amapá (8%), Rondônia (7%) e Mato Grosso (7%). Já as maiores quedas foram verificadas no Rio Grande do Sul (-10%), Piauí (-4%), Espírito Santo (-4%), Bahia (-3%) e Rio Grande do Norte (-2%).
Fonte: CCEE