A migração ao mercado livre de energia no Brasil bateu recorde e chegou a 26.834 consumidores em 2024. Mais empresas de menor porte e pessoas físicas passaram ao ambiente de contratação livre (ACL), depois da abertura para toda a alta tensão em janeiro do ano passado.
Os números de 2024 representaram um aumento de 262% em relação a 2023, quando foram registradas 7.397 migrações na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A média de demanda contratada pelos consumidores no ano passado foi de 240 kilowatts (kW). Em 2023, a média havia sido de 416 kW, o que mostra que comércios e indústrias de pequeno porte estiveram mais presentes nas migrações.
Ao todo, 92% dos clientes que migraram em 2024 têm carga menor que 500 kW, contra 67% no ano anterior.
Já os clientes com demanda maior que 1 megawatt (MW) corresponderam a apenas 2% das migrações em 2024. No ano anterior, esse tipo de consumidor respondeu por um percentual de 6%.
A migração de pessoas físicas representou também uma novidade, com 342 clientes indo ao ACL no ano passado. Em 2023, apenas nove pessoas físicas fizeram a migração. Hoje, apenas consumidores na rede de alta tensão podem optar pelo ambiente livre.
O setor de serviços lidera a lista de segmentos com mais migrações, com 7.117 unidades consumidoras realizando o movimento em 2024. O comércio teve 6.378 novos clientes no ACL, seguido pelas empresas do ramo alimentício (6.378), manufaturados (2.984) e saneamento (2.248).
Entre os estados, São Paulo ocupa a liderança com 8.835 migrações. O Rio Grande do Sul é o segundo, com 2.639 clientes e o Paraná está na segunda posição, com 2.240.
Mais de 12 mil clientes informaram às distribuidoras o desejo de migrar ao mercado livre no primeiro semestre de 2025.
Fonte: eixos