O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou na reunião ordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) de 2024, realizada hoje, dia 8 de maio, as ações da operação que está sendo feita para manter a segurança eletroenergética do RS. O plano, que está em sinergia com as ações em curso dos gestores do setor elétrico e dos agentes, indica iniciativas para garantir a segurança no atendimento às cargas do estado, quando houver a retomada da demanda. A mobilização especial está sendo necessária por conta dos danos à infraestrutura do Sistema Interligado Nacional (SIN) causados pelas inundações.
Apesar dos desafios impostos pelo volume de água na região, o ONS tem mantido o atendimento às atuais demandas de carga do estado, que estão reduzidas em relação à média. Entre as frentes de atuação, pode-se destacar o acompanhamento dos equipamentos fora de operação, com a avaliação dos danos causados pelas enchentes e de qual será o tempo necessário para o seu retorno ao SIN.
Neste sentido, as informações mais atuais apontam que há indisponibilidade de quatro usinas hidráulicas (UHEs Monte Claro, 14 de Julho, Jacuí e Dona Francisca), de três subestações (SEs Nova Santa Rita, Canoas 1 e Candelária), de 10 transformadores e de 24 Linhas de Transmissão. Não há previsão de retorno desses ativos à operação.
Outro ponto a mencionar são as medidas para garantir o atendimento imediato, considerando já um cenário mais favorável na região. Uma das indicações é o despacho para a térmica Canoas gerar energia, além de manter a importação de energia do Uruguai no valor máximo permitido, ou seja, 570 MW. A térmica Candiota, que está em manutenção programada, a partir de 31 de maio também poderá injetar até 350 MW.
Além disso, as equipes do ONS e de agentes buscam, por exemplo, a possibilidade de viabilizar a energização emergencial de uma linha de transmissão em 525 kV entre as subestações de Itá e Gravataí. Se esta alternativa for bem-sucedida, será um reforço no atendimento à região metropolitana de Porto Alegre e ao sul do estado do RS pelo sistema de 525 kV.
Operação eletroenergética
O ONS também apresentou os resultados da operação eletroenergética referentes a abril de 2024 e as previsões consolidadas para o final de outubro de 2024. As perspectivas gerais são de atendimento à demanda. Os cenários prospectivos para a Energia Natural Afluente (ENA) no período de maio a outubro de 2024 apontam que a ENA do Sistema Interligado Nacional (SIN) deve variar entre 74% e 102% da Média de Longo Termo (MLT). No cenário otimista, a afluência seria classificada como a 40ª maior do histórico. Ao passo que no menos favorável, seria a sétima menor ENA do SIN em 94 anos, quando foi iniciado o acompanhamento do dado.
Fonte: ONS