Preço da energia aquece e média do PLD pode ficar acima de R$ 300 em setembro

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O segundo semestre do ano começa com os preços da energia em alta devido às chuvas abaixo da média nos últimos meses, e necessidade de maior geração térmica para o atendimento à ponta. Simulações feitas pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) mostram que o PLD (Preço de Liquidação das Diferenças) pode atingir uma média acima de R$ 300/MWh em setembro, em três dos quatro cenários estudados. Leia no documento InformaCCEE, a partir da página 70.

Nesta segunda-feira (1º), o PLD na sai do piso de R$ 61,07 e fica em R$ 107, 52 (o menor valor do dia).
A mudança do patamar mínimo mostra uma tendência de aquecimento nos preços, disseram especialistas. Na última sexta-feira (28), por exemplo, o PLD atingiu o teto de R$ 1.470,57/MWh, mas ainda assim voltou para o piso de R$ 61,07/MWh no mesmo dia.

Custo da água
Segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), o valor da água  chegou a R$ 2.126/MWh em todos os subsistemas nos últimos dias, provocando a elevação do CMO (Custo Marginal de Operação). O operador ressalta que não houve restrição de escoamento e que a variação do CMO “não está relacionada com alterações na política operativa, intervenções na rede ou alterações estruturais nas condições de oferta e demanda”.

Também segundo o operador, na semana passada, quando o PLD disparou, o despacho de termelétricas atingiu R$ 745/MWh. Houve ainda despacho termelétrico adicional, para atendimento à ponta de carga, com CVU (Custo Variável Unitário) de até R$ 929/MWh. “A equipe do ONS segue analisando este resultado de modo a aprofundar a caracterização das condições que levaram ao aumento no valor da água”, disse em nota.

Solo seco
Especialistas apontaram que há uma preocupação extra: o solo muito seco da região Sudeste, que está nos mesmos níveis de 2021, ano em que houve uma crise hídrica no país.

Os reservatórios da região, considerada a “caixa d’água do setor” estão em níveis relativamente confortáveis, mas o solo mais seco absorve mais água, e isso faz com que sejam necessárias mais chuvas que o previsto para que se recuperem.

Fonte: Agência Infra

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