Em ritmo de recuperação acelerada, após as retrações registradas durante a pior fase da pandemia de COVID-19 em 2020, a indústria de metalurgia e produtos de metal se destaca como o ramo de atividade que mais consumiu energia no começo de 2021. No primeiro semestre, o segmento registrou o consumo de 5.441 megawatts médios, volume 16,9% superior ao reportado em igual período do ano passado. Os dados preliminares foram divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que acompanha a geração e o consumo de eletricidade no Brasil inteiro.
Para a organização, há dois motivos que explicam o avanço na indústria metalúrgica e em todos os outros 14 setores produtivos acompanhados. “Um deles é a curva de aprendizagem para operação diante dos desafios da pandemia. O outro fator é reflexo do movimento de migração contínuo de consumidores de alta tensão para o mercado livre”, detalha Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, os maiores índices de aumento no consumo foram registrados pela indústria têxtil (42%), seguida pelos setores de veículos (40,4%), saneamento (39%), comércio (28,2%) e manufaturados diversos (26,4%). Os dados, ainda prévios, consideram toda a migração de novas cargas do mercado regulado, no qual a comercialização de energia ocorre por meio das distribuidoras, para o ambiente livre, em que esses grandes consumidores negociam contratos diretamente com as geradoras ou com a intermediação de comercializadores.
Fonte: CCEE