Embora tenha demonstrado sinais de retomada nos últimos meses, o consumo de energia no Brasil em 2020 sofreu impactos significativos causados pela pandemia de COVID-19. O cenário se estende a quase todos os 15 ramos de atividades monitorados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. Apenas três apresentaram variação positiva no acumulado de janeiro a outubro.
O segmento de veículos foi o mais afetado. O volume consumido de energia elétrica pelo setor automotivo recuou 21,2% na comparação com o mesmo período de 2019. Em seguida, vieram os serviços, com queda de 19,6%, e a indústria têxtil, com uma redução de 13,3%. As três atividades que registraram alta foram saneamento (+2,7%), alimentícios (+2,4%) e minerais não metálicos (+1,6%).
Os resultados, que expurgam os efeitos das migrações de novas cargas e do crescimento do Ambiente de Contratação Livre – ACL, constam do mais recente boletim InfoMercado Mensal.
Ao todo, o Sistema Interligado Nacional – SIN teve uma retração de 2,3% no consumo de energia elétrica no acumulado do ano até outubro. A queda é resultado de um recuo de 1,7% no mercado regulado e uma retração de 3,8% no mercado livre.
Resultado consolidado de outubro
No início do quarto trimestre, o consumo de energia elétrica manteve sua curva ascendente, após meses de resultados negativos. De acordo com os dados de outubro, agora consolidados, o volume consumido somou 68.047 MW médios e apresentou elevação de 2,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os ambientes de comercialização regulada e livre apontaram crescimento de 0,1% e 8,4%, respectivamente. Ao excluir o efeito da migração dos consumidores entre ambientes, o ACR apresenta aumento de 2,3% e o ACL demonstra elevação de 3,3%.
No mês, a geração registrou 68.094 MW médios, montante 2,6% superior a outubro do ano passado. Destaque para a alta de 5,7% na produção hidrelétrica.
Fonte: CCEE