O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO), referente à semana operativa entre os dias 30 de dezembro e 5 de janeiro, aponta que as perspectivas para a Energia Natural Afluente (ENA) ainda são inferiores à média do período tipicamente úmido. O subsistema Sul deve registrar o percentual mais elevado, com 81% da Média de Longo Termo (MLT). Para os demais subsistemas, a ENA ao final de janeiro deve chegar aos seguintes patamares: Norte, com 70% da MLT, Sudeste/Centro-Oeste, com 68% da MLT, e Nordeste, com 51% da MLT.
“Estamos observando, para janeiro de 2024, a convergência de fatores como a perspectiva de temperaturas elevadas, acima da média para o verão, carga em crescimento e afluência baixa. Esse cenário é acompanhando com bastante atenção, principalmente porque ele pode levar a demandas mais elevadas para atendimento da ponta de carga. Nesses casos, deve ser necessário recorrer ao despacho de recursos termoelétricos para complementar a rampa de carga em horários específicos”, explica Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS.
Os níveis de Energia Armazenada (EAR) em todos os subsistemas deverão encerrar janeiro de 2024 em patamares superiores a 50%. A maior EAR é projetada para o Sul (64,2%), seguido pelo Norte (64%), Sudeste/Centro-Oeste (62,7%) e Nordeste (56,5%). Em janeiro de 2023, a EAR do Sudeste/Centro-Oeste, região com 70% dos reservatórios de interesse para o Sistema Interligado Nacional (SIN), foi de 69,8%.
Os cenários prospectivos para a demanda de carga são de aumento no SIN e em todos os subsistemas. A previsão de temperaturas acima da média para o período justifica esse comportamento. Para o SIN, o avanço deve ser de 11,1% (82.865 MWmed). Entre os submercados, a aceleração mais expressiva deve ser no Norte, 13,3% (7.371 MWmed). As demais regiões apresentam as seguintes estimativas: Sudeste/Centro-Oeste, 12,9% (47.461 MWmed), Nordeste, 11% (13.482 MWmed), e Sul, 4,4% (14.551 MWmed). Os números são comparações entre os possíveis resultados de janeiro de 2024 ante o mesmo mês de 2023.
Já o Custo Marginal de Operação (CMO) continua em zero em todos os subsistemas, como observado ao longo de todo o ano de 2023.
Clique aqui para conferir o relatório na íntegra.
Fonte: ONS
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