O consumo de energia elétrica no Brasil na primeira quinzena de novembro foi de 61.924 MW médios, recuo de 2,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados preliminares do Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. As temperaturas mais amenas dos últimos dias nas regiões Sul e Sudeste, que costumam demandar mais energia do Sistema Interligado Nacional – SIN, são a principal explicação para o resultado.
O declínio foi puxado pela menor demanda do mercado regulado, que atende consumidores de menor porte, como pequenos comércios e as residências. Neste ambiente foram utilizados 39.987 MW médios, volume 6,1% menor na comparação anual. Já no mercado livre, que fornece eletricidade para clientes de alta tensão, como indústrias e shoppings, o consumo foi de 21.938 MW médios, avanço de 5,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
A CCEE também destaca que a migração entre esses dois ambientes pode influenciar os dados. Se desconsiderarmos os consumidores que se deslocaram entre dois segmentos nos últimos doze meses, o mercado regulado teria retraído em 4,1% o seu consumo, enquanto o livre teria avançado em 1,3%.
Outro fator relevante na análise é o impacto, no ambiente regulado, da Geração Distribuída (GD). São geradores independentes, como painéis fotovoltaicos instalados em empreendimentos comerciais ou residências. Se não houvesse esse tipo de sistema, o mercado regulado teria apresentado redução de cerca de 4,8%.
Consumo regional
Os estados com as maiores retrações no consumo de energia elétrica na primeira quinzena deste mês foram a Bahia e o Rio Grande do Sul, que registraram queda de 12% na comparação com 2020. Em seguida, Mato Grosso e Paraná tiveram redução de 9% no indicador. Vale reforçar que os dados são preliminares e deverão sofrer alterações até o encerramento da contabilização.
Geração de energia
O país segue registrando crescimentos expressivos na geração de energia renovável. Nas duas primeiras semanas deste mês, também em comparação com o mesmo período de 2020, a produção de energia solar fotovoltaica cresceu 57% e a eólica, 3,3%. As usinas hidrelétricas registraram uma redução de 4,4%, enquanto as termelétricas diminuíram seus volumes gerados em 1,4%.
Fonte: CCEE
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