O setor sucroenergético no Brasil gerou 9,76 milhões de Mwh de energia elétrica para a rede nacional entre janeiro e julho deste ano, montante 7,1% maior em relação a igual período de 2022, informou, em nota, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), com base nas informações da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Este montante seria capaz, conforme a nota, de atender 20% do consumo de Portugal por um ano e equivale a 14% de toda a enrgia gerada por Itaipu no ano passado.
“A cana – bagaço e palha – é a principal fonte de geração de energia elétrica com biomassa no País”, diz, na nota, a gerente de Bioeletricidade da Unica, Zilmar Souza. “Ela representou 71% de toda energia gerada a partir de biomassa, que totalizou 13,8 milhões de MWh entre janeiro e julho deste ano.”
Em setembro de 2023, segundo a Unica, a capacidade instalada outorgada e em operação no País é de 197.299 MW. Deste total, 82,7% são provenientes de origens renováveis.
A biomassa totaliza 17.323 MW da capacidade instalada, representando 8,8% da matriz elétrica do Brasil. Sozinha, ela ocupa a quarta posição, atrás das fontes hídrica, eólica e gás natural.
Além disso, a biomassa deve instalar, em 2023, 457 MW, representando 4,3% do total de acréscimo neste ano na matriz elétrica brasileira (10.730 MW). A expansão será liderada pela energia eólica e a solar, representando 51,3% e 33,5% do crescimento.
Dos 10.730 MW a serem instalados em 2023, quase 91% virão de fontes renováveis, ao mesmo tempo que 85% serão de fontes intermitentes (eólica e solar), já que a fonte biomassa não é considerada intermitente.
Nos últimos 15 anos (2008 a 2022), a fonte biomassa acrescentou, em média, 819 MW novos a cada ano, totalizando 12.282 MW a mais na matriz elétrica brasileira, superior à capacidade instalada atualmente pela Usina Belo Monte (11.233 MW), a maior hidrelétrica 100% brasileira.
Fonte: Broadcast
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