A Agência Nacional de Energia Elétrica decidiu reativar o sistema de acionamento das bandeiras tarifárias a partir desta terça-feira, 1º de dezembro, diante da deterioração do nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas. A bandeira que vai vigorar é a vermelha patamar 2, que representa um adicional tarifário de R$6,243 a cada 100 kWh consumido por mês.
A decisão foi tomada em razão do aumento do Preço de Liquidação das Diferenças, que alcançou o teto em todos os submercados, e das condições críticas dos reservatórios do Sistema Interligado, apontadas pelo Operador Nacional do Sistema. As condições de armazenamento das UHEs são especialmente severas nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul do país, mesmo com despacho térmico a plena carga e importação de energia da Argentina e do Uruguai.
Em maio desse ano a Aneel tinha suspendido o acionamento das bandeiras em caráter emergencial e temporário e determinado a aplicação da bandeira verde até dezembro, em razão da queda brusca da carga com a pandemia do coronavírus. A partir de setembro, dados setoriais indicaram recuperação do consumo de eletricidade e um movimento de alta do PLD.
Nas ultimas semanas, o ONS vem despachando um número maior de usinas termelétricas, o que inclui as mais caras. Com isso, o Custo Marginal de Operação atingiu a casa de R$ 744/ MWh, o maior patamar do ano, o que afetou o preço do mercado de curto prazo. Com essas condições, segundo a Aneel, estão presentes os elementos para rever a decisão de maio, indicando ao consumidor que o custo da energia está mais caro.
Em reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico na ultima sexta-feira, 27 de novembro, o operador destacou a ocorrência de afluências críticas nas principais bacias hidrográficas do SIN, “resultando na continuidade da degradação dos armazenamentos de importantes usinas hidrelétricas no País.” O CMSE anunciou a flexibilização de restrições hidráulicas de Itaipu e a intenção de flexibilizar a operação das UHEs da bacia do São Francisco, de Ilha Solteira, Três Irmãos e da bacia do rio Tietê.
Fonte: Canal Energia
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