CMSE: MME quer implementar critérios de flexibilidade do SIN em 2025

Como cortes na geração podem impactar preços no mercado livre
8 de novembro de 2024
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O Ministério de Minas e Energia (MME) pretende avançar nas discussões sobre novo critério de suprimento que trate da flexibilidade requerida pelo Sistema Interligado Nacional (SIN). A discussão ocorreu na reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), realizada nesta quarta-feira (6/11), na sede do MME, em Brasília. O critério de flexibilidade refere-se à capacidade de o sistema de ajustar a entrega de potência para atender ao requisito da carga. É um elemento importante para equilibrar a demanda de energia elétrica em tempo real e a geração, especialmente a partir do forte incremento de fontes intermitentes de geração.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) já iniciou os estudos para a criação do novo indicador e a previsão é que ele seja submetido à avaliação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) até o final de 2025. Antes disso, deverão ser realizadas consulta pública e workshops para discutir o tema com a sociedade.

Ainda durante a reunião, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) apresentou números que demonstram o início do período chuvoso na região Sudeste e Centro-Oeste e atraso no período chuvoso da região Norte.

Para as próximas semanas, o CEMADEN sinalizou que espera comportamento similar, com chuvas mais localizadas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e chuva abaixo da média para região Norte do país.

Em relação à Energia Natural Afluente (ENA), foram verificados valores abaixo da média histórica para todos os subsistemas no decorrer do mês de outubro. As condições observadas para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte foram de 58%, 84%, 40% e 44% da Média de Longo Termo (MLT), respectivamente.

Para o mês de novembro, de acordo com o cenário menos favorável, a indicação é de uma ENA abaixo da média histórica para todos os subsistemas, exceto para o Sul. A previsão para o Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte é de 61%, 118%, 65% e 44% da MLT, respectivamente.

Considerando o cenário mais favorável, as previsões são de: 116%, 46%, 93% e 64% da MLT, respectivamente, para o Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte.

Energia Armazenada: Em outubro, foram verificados armazenamentos equivalentes de cerca de 40%, 65%, 45% e 63% no Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. Para o SIN, o armazenamento foi de aproximadamente 44%.

Para o último dia do mês de novembro, a expectativa é de 35,9%, 74,3%, 43,0% e 52,7% da EARmáx, considerando o cenário inferior. No cenário superior, há a previsão de 40,0%, 63,6%, 48,6% e 53,9% da EARmáx, considerando a mesma ordem. Para o SIN, os resultados devem ser de 40,7% da EARmáx, para o cenário menos favorável, e de 43,9% para o mais favorável.

Com relação ao atendimento da demanda máxima do sistema, o ONS indicou que, para cenários de temperatura elevada e baixa geração eólica, devem ser mobilizados recursos adicionais para o atendimento entre os meses de novembro de 2024 e janeiro de 2025, incluindo despacho termelétrico, mecanismo de resposta da demanda e importação de energia elétrica.

Também houve deliberação sobre emergencialidade no atendimento dos municípios de Anamã, Caapiranga e Codajás, no Estado do Amazonas, conforme apresentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Expansão da Geração e Transmissão: A expansão verificada em outubro de 2024 foi de 1.534 MW de capacidade instalada de geração centralizada de energia elétrica, de 467,0 km de linhas de transmissão e de 1.485 MVA de capacidade de transformação. Assim, no ano de 2024, a expansão totalizou 9.354 MW de capacidade instalada de geração centralizada, 2.890,4 km de linhas de transmissão e 12.615 MVA de capacidade de transformação.

 O CMSE, na sua competência legal, continuará monitorando, de forma permanente, as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica do país, adotando as medidas para a garantia do suprimento de energia elétrica.

Fonte: gov.br

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