


A Electra Energy realizou, no dia 23 de outubro, o “Encontro Electra Energy – pequenos e médios produtores de energia”, em Curitiba. No evento, foram discutidos os principais desafios do setor elétrico brasileiro, com foco em perspectivas para o mercado, estruturação financeira de projetos e desafios específicos das diferentes fontes de energia. Confira os principais temas abordados nas palestras.

Leonardo Ritzmann LouresMembro do Comitê de investimentos da IntrepidFinanciamento da expansão passa pelo mercado livreO Brasil precisa investir cerca de R$ 8,7 trilhões em projetos de infraestrutura dos próximos 20 anos. O cenário se mostra desafiador para o cumprimento dessa meta, pelo menos no que diz respeito ao setor elétrico, devido à baixa taxa de poupança doméstica e ao fluxo insuficiente de capital estrangeiro. Dificuldades para o sistema financeiro tradicional atender a demanda e a redução da participação do crédito direcionado, financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), também preocupam. Na avaliação de Leonardo Ritzmann Loures, que é membro do Comitê de investimentos da Intrepid, a alternativa passa pela estruturação de recebíveis do mercado livre de energia e sua distribuição via mercado de capitais. Em palestra sobre o desafio de integrar os recursos disponíveis no setor elétrico para recompensar a flexibilidade e promover investimentos de longo prazo, o especialista demonstrou que as comercializadoras tendem a ter papel importante nessa equação, na medida que podem fazer a interlocução entre os empreendedores e o capital a ser investido.

Paulo ArbexPresidente da AbrapchMenos hidrelétricas, energia mais cara, mais emissões e meio ambiente mais deterioradoA explosão das tarifas verificadas nos últimos anos não se deu por acaso: deve-se principalmente à redução da participação das hidrelétricas na matriz elétrica brasileira de aproximadamente 85% até 2000, para em torno de 60% hoje. A avaliação é do presidente da Abrapch, Paulo Arbex. “Todos os países que investiram forte em fontes intermitentes (eólica e solar) tiveram energia mais cara”, disse. Ele lembrou ainda que, nos Estados Unidos e na Europa, essas fontes ajudam a reduzir as emissões porque ocuparam espaço de fontes fósseis (com emissões entre 469gCO2/MWh a 1.001gCO2/MWh, conforme dados do IPCC/ONU). No Brasil, provocaram aumento exponencial da participação das fósseis e das emissões porque ocuparam espaço das hidrelétricas, que emitem apenas 4gCO2/MWh. Além do aumento dos custos (a tarifa subiu 3x mais que a inflação), outra consequência foi o crescimento das emissões de gases de efeito estufa do setor elétrico de 700% nos últimos dez anos. Na sua opinião, a correção dos problemas do setor de PCHs depende fundamentalmente da contratação de um volume mínimo de 650 MW médios de PCHs em 2018 e um planejamento que permita atingir 1.100 MW/ano em 2-3 anos.
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