Formação de Preço: quatro propostas para aprimorar aversão a risco

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No início desta semana, o Ministério de Minas e Energia abriu uma Consulta Pública para análise de uma série de aprimoramentos nos modelos computacionais utilizados na formação de preço da energia elétrica. Os estudos foram conduzidos pela Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico – CPAMP, que atualmente é coordenada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. A documentação completa da Consulta Pública pode ser conferida clicando neste link.

Confira abaixo os principais pontos apresentados:

1) Avaliação da Parametrização do CVaR

Tendo em vista as implementações propostas no atual ciclo e as necessidades sistêmicas vigentes, o GT Metodologia, coordenado pela CCEE, avaliou a necessidade de recalibrar os atuais parâmetros do CVaR (α=50% e λ=35%), que é um mecanismo de aversão a risco financeiro aplicado nos modelos computacionais. Após uma série de simulações preliminares realizadas e apresentadas no relatório, priorizou-se o aprofundamento em quatro combinações: (50,25); (50,35); (50,50); e (25,50), a fim de se avaliar os principais impactos financeiros e tarifários ao setor.

A recomendação da CPAMP foi pela adoção de α=50% e λ=50% combinada com os aprimoramentos expostos a seguir. Essa combinação de parâmetros tem como característica oferecer uma maior segurança energética ao sistema, com um potencial de mitigação de despacho fora da ordem de mérito, apesar de elevar o valor do PLD, quando comparado aos níveis vigentes.

Confira os detalhes no relatório: Avaliação parâmetros CVaR

2) Elevação de Armazenamento

Observa-se, nos últimos anos, uma redução dos níveis de armazenamento do Sistema Interligado Nacional sem a recuperação completa esperada durante o período úmido, quando historicamente ocorria o reenchimento. Por este motivo, em 02/09/20 o CMSE solicitou à CPAMP que avaliasse mecanismos visando elevação estrutural dos níveis de armazenamento dos reservatórios das usinas hidrelétricas, sobretudo aos finais dos períodos secos, bem como que propusesse transição capaz de minimizar os impactos no GSF e na tarifa do consumidor de energia elétrica.

Para alcançar os resultados esperados pelo Comitê, foi proposta a combinação das três metodologias a seguir:

• A reparametrização do CVaR (item acima);

• A utilização Volume Mínimo Operativo no modelo DECOMP;

• Baseadas nos estudos de níveis referenciais de segurança utilizadas pelo CMSE para o ano de 2021, a atualização do Volume Mínimo Operativo nos modelos NEWAVE e DECOMP.

Os novos valores constantes ao longo do ano sugeridos a serem utilizados nos reservatórios equivalentes são:

Confira os detalhes no relatório: Elevação Earm

3) Consideração do Volume Mínimo Operativo no Modelo DECOMP

O grupo de trabalho estudou as possibilidades de adoção do VMinOp também no modelo DECOMP, apesar de já estar atualmente representado no modelo NEWAVE. Os resultados foram promissores na aplicação no modelo DECOMP por meio das Restrições Hidráulicas de Energia (RHEs), com representação do tipo hard (assegurando o atendimento do armazenamento mínimo, exceto quando impossível de respeitá-lo) nos estágios semanais do primeiro mês, e representação soft (buscando atender o armazenamento mínimo ao menos para a maioria dos cenários, penalizando os cenários violados) no segundo mês.

Confira os detalhes no relatório: VMinOp

4) Representação Hidrológica

Através da Consulta Pública MME nº 103 de janeiro de 2021, a CPAMP colheu as impressões dos Agentes no que se refere à utilização do modelo PAR(p)-A para geração de cenários de afluências. Com as contribuições, foram realizados novos testes, que constataram que essa proposta tende a gerar cenários hidrológicos mais aderentes ao histórico ao longo do horizonte analisado, quando comparado ao modelo atual.

Desta maneira, a proposta é pela adoção do PAR(p)-A nos modelos GEVAZP e NEWAVE em substituição à metodologia vigente PAR(p). O PAR(p)-A considera uma parcela com a média dos 12 últimos meses na construção dos cenários de afluência, incorporando ao modelo uma maior aderência a características conjunturais.

Confira os detalhes no relatório: Representação Hidrológica

Vale destacar que a CPAMP também apresentou a análise de possíveis alterações na Taxa de Desconto (relatório) e a Representação da Produtibilidade Hidroelétrica (relatório), mas recomendou a não aplicação de alteração no atual ciclo e a continuidade de testes.

Fonte: CCEE

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