O mercado livre de energia encerrou 2021 com 5.563 novas Unidades Consumidoras (UCs), número recorde para o segmento, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. O Ambiente de Contratação Livre (ACL) começou a ganhar mais espaço no Brasil a partir de 2015 e hoje conta com 26,6 mil ativos de consumo, crescimento de 2,47 vezes nos últimos cinco anos. Atualmente, o segmento representa 34,5% de toda a energia elétrica consumida no Sistema Interligado Nacional – SIN.
“Na avaliação do histórico de evolução do ambiente, nós constatamos três fatores fundamentais para o avanço. O principal deles é a viabilidade financeira, já que buscando energia diretamente do fornecedor é possível negociar valores e flexibilidade contratual”, destaca Talita Porto, vice-presidente do Conselho de Administração da CCEE. “Outra vantagem econômica é a previsibilidade orçamentária, uma vez que os consumidores podem adquirir eletricidade sob demanda”, reforça a executiva.
Outro fator que explica a expansão é a questão ambiental, já que é cada vez maior a preocupação das empresas com a sustentabilidade. No ACL, consumidores podem escolher de quais fontes querem contratar a sua energia.
Recentemente, a Câmara de Comercialização entregou ao Ministério de Minas e Energia e à Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel propostas de aprimoramentos regulatórios que serão necessários para que o país avance na abertura do mercado livre para mais consumidores de forma segura e equilibrada. Pelas regras atuais, apenas grandes consumidores, com demanda superior a 500 kW, podem acessar o segmento.
Avaliação regional
São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná são os cinco estados que lideram no volume de migrações nos últimos três anos. Segundo a Câmara de Comercialização, essas regiões têm maior representatividade porque são mais industrializadas na comparação com as demais.
Quem pode participar do mercado livre
Pelas regras atuais, é necessário ter carga mínima de 500 kW, volume equivalente a uma conta mensal de R$ 140 mil. São indústrias e grandes empresas, como os shoppings e redes de varejo. Aqueles com demanda até 1.000 kW se enquadram na categoria Especial, que pode acessar energia renovável, e acima desse montante, na categoria Livre, que pode negociar com qualquer fonte.
Fonte: CCEE
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