ONS participa de audiência pública na Câmara dos Deputados e reforça que suprimento de energia está garantido

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O Diretor-Geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, afirmou nesta terça-feira (29/8), em audiência conjunta nas Comissões de Minas e Energia e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, sobre a gestão da ocorrência do último dia 15 de agosto, que o excelente corpo técnico do Operador envolvido em apurar as causas da ocorrência garantirá uma resposta para a sociedade do que de fato ocorreu. “Vamos chegar às respostas, à causa raiz e fazer recomendações para tornar o sistema cada vez mais seguro”, completou.

Uma das hipóteses apontadas por Ciocchi foi de que houve incompatibilidade entre os dados dos reguladores de tensão de usinas geradoras instaladas na região Nordeste e o que se verificou nas simulações que reproduziram os eventos.  “Não há como atribuir culpas a fontes ou agentes”, declarou, reiterando que já houve uma primeira reunião, no dia 25 de agosto, com mais de 1.000 profissionais que atuam nas áreas técnicas das empresas envolvidas no evento e que, na próxima sexta-feira, dia 1º de setembro, haverá um segundo encontro.

Ciocchi frisou a importância de diversidade de fontes de energia no país. “Eu afirmo aqui, perante a todos os senhores, que o crescimento de energia eólica e solar não é problema nem no Brasil nem no mundo. É uma grande vantagem competitiva que o Brasil tem e deve aproveitar a energia que temos do sol e dos ventos, principalmente no Nordeste brasileiro e no Norte de Minas, para trazer essa geração aos grandes centros consumidores, até para que outros grandes centros consumidores se instalem em outras regiões”, pontuou.

O Diretor-Geral classificou o evento como “inusitado” e disse que a complexidade do sistema elétrico nacional exige investigação e a análise de milhares de dados. Explicou que houve uma abertura (queda) da Linha de Transmissão Quixadá-Fortaleza II, no Ceará, fato insuficiente para desencadear os desligamentos em cascata, que ocorreram logo em seguida.

Ciocchi ressaltou que o evento de 15 de agosto cortou 31% da carga de energia do Brasil e que a recuperação “foi feita a contento”: as regiões Sul e Sudeste foram totalmente religadas em menos de 1 hora; o Nordeste – onde houve o problema mais grave, com afundamento de tensão, e queda de 50% da carga – recuperou mais de 70% da carga em três horas; e no Norte, onde houve blecaute total, mais de 90% da carga estavam recuperados às 14h30 e integralmente recuperado às 14h49.

Fonte: ONS

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