Desde fevereiro, o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD apresentava um valor diário (médio) de R$ 55,70/MWh, o preço mínimo estabelecido para 2022. A melhora no nível dos reservatórios e o registro de Energia Natural Afluente – ENA acima ou no mesmo patamar histórico para o período contribuíram para a estabilidade do valor no piso.
No entanto, a partir da primeira semana de julho, o PLD começou a apresentar uma permanência em valores acima do preço mínimo, chegando a média diária de R$ 69,56/MWh nesta segunda-feira (18) no submercado Sudeste/Centro-Oeste. Mas afinal, o que tem provocado esse leve aumento do preço? Para tirar essa e outras dúvidas, o gerente de Preços da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, Humberto Alencar, respondeu algumas perguntas rápidas sobre o tema.
1) Na primeira quinzena de julho, o PLD saiu do preço mínimo e registrou um pequeno aumento em todos os submercados. Qual o principal fator que provocou essa mudança?
HA: O principal fator para a elevação do PLD em relação ao piso, durante o mês de julho de 2022, foi principalmente a recessão das vazões da região Sul, que apresentavam valores acima da média desde o mês de abril de 2022.
A expectativa é de que, pela primeira vez no ano, todos os submercados do SIN apresentem valores médios mensais abaixo da média histórica, caso a previsão atual se confirme.
Iniciamos 2022 com os submercados Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Norte acima da média. A partir de março tivemos uma recessão do Sudeste, em abril do Nordeste, e em maio do Norte, porém o Sul, que apresentava cenários pessimistas no início do ano, passou a partir de abril a valores muito acima da MLT, voltando a apresentar valores médios mensais abaixo da média apenas neste mês.
2) Em projeções divulgadas pela CCEE, a expectativa é de que o preço retorne ao valor mínimo em breve. Apenas em cenários mais pessimistas de ENA, o PLD sobe em agosto e volta ao piso em setembro. A meteorologia indica a possibilidade de atravessarmos o período seco sem grandes aumentos?
HA: Em nossos cenários prospectivos, mantendo os cenários atuais de hidrologia (cerca de 70% da MLT para o SIN), o PLD no próximo mês deve permanecer em valores ligeiramente acima do piso regulatório. Mas dentre os cenários que estamos simulando, observamos uma tendência de retorno ao piso a partir de setembro e nos demais meses deste ano.
Atualmente a meteorologia vem indicando a permanência do cenário de La Niña para os próximos meses, o que acaba não contribuindo para as precipitações na região Sul, embora haja, até o momento, o indicativo de um cenário semelhante àquele observado no ano passado. Isso pode indicar um início do período úmido conforme o esperado em meados de outubro, beneficiando mais as bacias ao Norte e Nordeste do Brasil no último bimestre de 2022, como foi observado no ciclo passado.
3) No ano passado, quando o Brasil enfrentou uma escassez hídrica de recordes históricos, os reservatórios do setor elétrico chegaram ao fim do período seco com 25% de sua capacidade. Qual a estimativa para este ano? Todas as regiões apresentam um cenário favorável?
HA: Mesmo com o pior cenário de afluências dentre os cenários avaliados, observam-se níveis de armazenamento para o SIN de 44% ao final do mês de novembro de 2022. Para todos os submercados, os níveis são mais favoráveis em relação ao ano passado e, por exemplo, para o submercado Sudeste/Centro-Oeste o nível de 38% representa para essa época o melhor valor observado desde 2013.
Confira todos os detalhes do comportamento do preço no Encontro do PLD desta quarta-feira (20), a partir das 15h. A transmissão ocorrerá por meio da plataforma Webex de videoconferência. Para acessar a reunião, basta clicar neste link. Caso seja solicitada, a senha para entrar é: PLD@2022.
Fonte: CCEE
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