A venda de carros elétricos no mundo em 2020 bateu a marca de 3 milhões de veículos, um crescimento de 41%, de acordo com o relatório Global EV Outlook 2021 publicado hoje (29) pela Agência Internacional de Energia (AIE). Esse total representa uma participação de 4,6% das vendas globais de automóveis.
Agora são cerca de 10 milhões de carros elétricos rodando pelas estradas do mundo. Pela primeira vez, a Europa ultrapassou a China e se tornou o maior mercado de veículos elétricos do planeta.
Enquanto o mercado global automotivo sentiu a retração de 6% nas vendas provocada pela pandemia, o setor de elétricos não conheceu a crise. Já no primeiro trimestre de 2021, as vendas mais que duplicaram em relação ao mesmo período do ano passado.
O documento projeta “uma grande expansão na adoção de veículos elétricos nesta década”. No entanto, ele detalha que para alcançar esse crescimento é importante que os governos implementem incentivos para a aquisição desse tipo de carro.
Rota do futuro
As projeções da Agência indicam que até 2030 serão 145 milhões de veículos circulando no mundo, isso no cenário mais conservador. Se os governos implementarem incentivos para o setor, esse número pode chegar a 230 milhões.
O documento não menciona o Brasil, diz apenas que em relação à América Latina, o Chile e Colômbia estabeleceram metas de eletrificação das frotas de ônibus.
Para o presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e diretor de Marketing e Sustentabilidade da BYD, Adalberto Maluf, como o Brasil não tem um programa de eficiência energética o, Rota 2030 – programa de incentivos fiscais para fabricantes que alcançarem metas de eficiência energética e investimentos em P&D – criou um modelo em que as metas só entrarão em vigor a partir de 2027 até 2030.
“Isso impõe risco muito grande para sobrevivência do parque produtivo brasileiro na medida em que todos esses grandes países do mundo já colocaram metas deficiência energética e prazos finais para venda de veículos pesados como caminhões de ônibus de baixa emissão”.
Fonte: Canal Energia
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