O mercado livre de energia fechou o primeiro trimestre de 2021 com 8.978 consumidores, volume que representa um crescimento de 20% quando comparado com o fim do mesmo período de 2020. Neste ano, o segmento tem registrado a segunda maior média mensal de adesões de sua história (150), atrás apenas do recorde de 2016 (192). Os dados são do monitoramento periódico feito pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE e mostram que o interesse na modalidade continua se expandindo em ritmo acelerado, mesmo diante dos desafios impostos pela pandemia de COVID-19.
O Ambiente de Contratação Livre – ACL permite a negociação direta entre geradores ou comercializadores e compradores de médio e grande porte, como indústrias e shoppings. Os consumidores são divididos entre livres, que são aqueles que podem escolher seu fornecedor, e os especiais, com demanda entre 500 kW e 1,5 MW e direito à aquisição de energia gerada por Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) ou fontes incentivadas, como eólica, solar e biomassa.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2020, a categoria livre saltou de 953 para 1.064 consumidores neste ano, alta de 11%. Enquanto isso, aqueles habilitados como especiais passaram de 6.501 para 7.914, avanço de 21%.
Em 2020, a expansão dos consumidores especiais correspondeu a 82% (1.618) do total de 1.960 novas adesões ao ACL. Já em 2021, a CCEE destaca os 451 novos entrantes do primeiro trimestre, sendo que os especiais representam 93% deste volume e, os livres, 7%. De acordo com a Câmara, existem outros 1.080 processos de adesão em andamento que devem ampliar esses números nos próximos meses.
Além dos consumidores, também são agentes da CCEE 1.725 geradores de energia, entre os autoprodutores, os independentes e aqueles a título de serviço público. Integram ainda a Câmara de Comercialização 50 distribuidoras e 412 comercializadores. Ao todo, segundo o dado mais recente, a organização somava 11.165 associados ao final do primeiro trimestre.
Desempenho de setores
A CCEE também acompanha adesões ao ACL por ramo de atividades. Entre os novos entrantes de março deste ano, o setor de Serviços continua respondendo pela maioria (27%), seguido por Manufatura (18%), Metalurgia e Produtos de Metal (12%), Alimentos (12%), Minerais Não-Metálicos (8%), Comércio (7%), Veículos (5%), Madeira, Papel e Celulose (4%), Têxteis (3%), Químicos (2%), Bebidas (1%) e telecomunicações (1%).
Fonte: CCEE
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