A flexibilização dos critérios de acesso, em janeiro, provocou uma aceleração intensa no ritmo de migrações ao mercado livre de energia. Segundo balanço da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, somente no primeiro trimestre deste ano, 5.360 novos consumidores chegaram ao segmento, volume superior ao total de entrantes nos doze meses de 2022. O ambiente encerrou o mês de março com o acumulado de 43.540 unidades, 10 mil a mais do que o mesmo período de 2023.
Cerca de 72% dos aderentes adotaram a modalidade de varejo, ou seja, passaram a ser representados por um comercializador varejista. Este fornecedor fica responsável por facilitar o ingresso do cliente, gerenciar o dia a dia dos contratos e assumir os riscos inerentes à atividade de compra e venda de eletricidade.
No mercado livre, o consumidor pode escolher de quem quer adquirir o seu fornecimento de energia, personalizar o atendimento e negociar condições como prazos ou até a fonte da qual quer comprar. A CCEE tem atuado junto aos seus agentes, empresas do setor e demais instituições para garantir que os processos de migração sejam cada vez mais rápidos, transparentes e previsíveis. Também flexibilizou seus processos internos para dar mais tempo às comercializadoras e distribuidoras para viabilizarem a admissão dos interessados no ambiente dentro dos prazos desejados.
Atualmente, o mercado livre representa 38% do consumo total de energia elétrica do Brasil, e deve continuar a crescer nos próximos meses. Conforme dados registrados na Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, aproximadamente 19,3 mil consumidores informaram às distribuidoras sobre o desejo de migrar para o ambiente ao longo do ano de 2024, além dos 650 pedidos para 2025.
Regiões e Atividades
Os estados do Sudeste e o Sul do país lideram o ranking de migrações ao mercado livre de energia no primeiro trimestre de 2024. São Paulo está no topo da lista, com 1.731 novos consumidores no ambiente, seguido pelo Rio de Janeiro (563) e o Rio Grande do Sul (480).
Entre os 15 ramos de atividade acompanhados pela CCEE, destacam-se o Comércio, com 1.544 migrações no período, os Serviços, com 1.328, e os Manufaturados Diversos, com 642.
Fonte: CCEE
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