CMSE mantém despacho fora da ordem de mérito

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O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico manteve a diretriz de adoção das medidas excepcionais para o atendimento à carga para a menor degradação dos armazenamentos dos reservatórios equivalentes das usinas hidrelétricas e manutenção da governabilidade das cascatas hidráulicas. Essa decisão segue o que foi deliberado na última reunião ocorrida no dia 6 de janeiro de 2021 e que limita o despacho fora da ordem de mérito em até 16.500 MW médios.

A deliberação ocorreu na reunião realizada em Brasília, na última quarta-feira, 3 de fevereiro. A manutenção deve-se aos níveis atuais de armazenamentos nos reservatórios equivalente, que permanecem baixos. O destaque está com o Sudeste/Centro-Oeste, que finalizou o mês de janeiro com 23,2%, menor valor desde 2015.

“Essa situação reflete, dentre outros fatores, as afluências verificadas nos últimos meses, que se configuraram nos piores montantes para o trimestre novembro a janeiro do SIN, em 91 anos de histórico. Já o subsistema Sul apresentou expressiva recuperação, com armazenamento atual de cerca de 52,8%, o que equivale a aumento de 25,3 p.p. desde o final de 2020”, aponta o CMSE em nota.

E ainda apontou que o ONS apresentou proposta de aprimoramento da metodologia vigente para avaliação da necessidade de despacho térmico fora da ordem de mérito e respectiva curva de referência de armazenamento para 2021. Essa metodologia tem como meta auxiliar o colegiado do CMSE na tomada de decisão quanto à necessidade de adoção ou permanência de medidas adicionais com vistas à garantia do atendimento energético.

Segundo o CMSE, a proposta foi aprovada pelo comitê e não terá caráter determinativo. Contudo, avalia que trará maior robustez e transparência ao processo, especialmente no atual contexto de manutenção de significativo despacho fora da ordem de mérito, concomitantemente aos trabalhos em curso conduzidos pela Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico (CPAMP) de aprimoramento dos modelos e calibração dos parâmetros de aversão a risco.

Conforme metodologia, a curva de referência é definida de forma a assegurar, no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, um armazenamento mínimo de 20% ao final do segundo ano que, neste caso inicial, será novembro de 2022, resultando em três curvas de referência. Cada uma é associada a uma premissa de geração termelétrica. Para os demais subsistemas, as restrições de armazenamento mínimo ao final do período de dois anos serão de 30% para o Sul, de 23,5% para o Nordeste e de 20,8% para o Norte, resultando em uma única curva de referência por subsistema.

A explicação pela opção em manter uma curva bianual foi motivada por se buscar condições de armazenamento que garantam o suprimento adequado num horizonte maior, havendo o acoplamento entre os meses iniciais e finais da curva (dezembro/janeiro) para o ano subsequente. Em relação ao cenário hidrológico de referência, são utilizadas as médias mensais de vazões do biênio mais crítico do histórico, em 2019-2020.

Em termos de Energia Armazenada em janeiro, foram verificados os níveis de 23,2%, 52,8%, 52,2% e 31,5% nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente, e a previsão para o fim de janeiro nesses subsistemas é de 28,7%, 68,1%, 52,1% e 40,4% do aramazenamento máximo esperado, conforme Programa Mensal da Operação do ONS referente a fevereiro.

Já a expansão da Geração e Transmissão verificada em janeiro de 2021 foi de 144 MW de capacidade instalada de geração centralizada. Houve ainda 499 km de linhas de transmissão e 1.208 MVA de capacidade de transformação. A expansão consolidada de 2020 totalizou 4.932 MW de capacidade instalada geração centralizada, mais 7.663 km de linhas de transmissão e 18.072 MVA de capacidade de transformação.

Fonte: Canal Energia

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