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A participação do mercado livre de energia no Brasil chegou a  38% da carga do Brasil. A previsão é de que neste ano esse índice alcance 40% com o atendimento de 89% do consumo de energia elétrica da indústria nacional.  Os dados são do presidente executivo da Abraceel, Rodrigo Ferreira, que falou durante a abertura do Agenda Setorial, primeiro evento do ano  Grupo CanalEnergia/Informa Markets que acontece no Hotel Fairmont, no Rio de Janeiro.

“Nossa pauta é muito parecida com as proposições do Fase e ano passado foi histórico, não só pela portaria que abre o mercado para o grupo A à partir de 2024, mas nunca a abertura de mercado foi tão discutida no setor”, comentou o executivo em sua fala inicial, lembrando que no ano passado o ex-ministro Adolfo Sachsida até estava com um decreto pronto.

Ele diz enxergar uma convergência de todos os agentes do setor para a abertura total como um caminho inexorável, primando pelo equilíbrio, segurança jurídica e o respeito aos contratos legados. Destacou que o mercado livre vive um momento especial de baixíssima volatilidade e que o período do monitoramento prudencial do tipo sombra, a ser implementado pela CCEE, deve fazer com que os agentes participem com a melhor informação possível, ainda que dado o momento atual de mercado talvez não reflita a engrenagem de acontecimentos e estrutura dos últimos anos.

“É um tema em discussão liderado pela CCEE e espero que as empresas possam, com a mesma régua, medir seus níveis de exposição”, ressalta, lembrando ainda que o novo patamar em relação ao monitoramento deve começar nesse ano.

Ferreira comentou que 83% da geração renovável no setor elétrico acontece no ACL e que a expansão deve seguir pautado pelas renováveis, mas não tanto com a preocupação da descarbonização, mas sim em como ficará o sistema com as fontes complementares e os atributos de outras tecnologias, sobretudo quanto a descentralização e digitalização da geração e da compra de energia.

“O que esperamos do novo governo é o protagonismo na transição energética, que é oposta a outros lugares no mundo. É um conceito amplo, mas na eletricidade significa levar o consumidor de um ponto para outro patamar em um certo prazo, como no caso da transição começando pelo veículo híbrido e terminando no carro elétrico”, concluiu.

Fonte: Canal Energia

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