Regulação do armazenamento de energia deverá ficar para 2024, aponta diretor da Aneel

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A regulamentação para o uso de armazenamento de energia em baterias deverá sair no primeiro semestre de 2024. “Ao longo de 2023 vamos realizar duas consultas públicas, a análise de impacto regulatório (AIR) e depois a normativa, de forma que tenhamos a regulamentação para o uso de armazenamento no primeiro semestre do próximo ano”, disse o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, durante a inauguração de um projeto da ISA Cteep.

Segundo Feitosa, esse é um momento único para setor elétrico brasileiro. “Nós tínhamos uma crise e um problema para resolver e a Isa Cteep estava com a necessidade de cumprir o prazo para entrar em operação e evitar o colapso de atendimento no litoral de São Paulo e nesse momento a crise virou uma oportunidade que foi muito bem apresentada”. Ele ainda destacou que com maior inserção das fontes eólica e solar e da geração distribuída, precisaremos cada vez mais da utilização de inovadores recursos de armazenamento como este para o equilíbrio entre oferta e demanda.

O diretor da Aneel também deixou claro que outras soluções não deixarão de ser implementadas até o ano que vem, desde que forem apresentadas à Agência. “Regulamentação do uso de armazenamento será boa para transmissão, distribuição e como solução de geração. Porém, a nossa preocupação é com os segmentos regulados, como por exemplo, o de geração, onde é mais competitivo e onde a regulação da Agência é menos induzida’, disse. Ele também citou a questão da hibridização de usinas de energia elétrica que com poucos ajustes é possível usar na geração.

Transição energética 4.0

Sandoval também citou que hoje o setor elétrico é pujante e limpo. “Quando alguém pergunta quando a transição energética vai começar no Brasil, eu costumo dizer ela que ela começou na década de 70 quando houve a construção maciça de hidrelétricas e depois a partir de 2012 quando o Governo iniciou um programa de incentivo às fontes renováveis por meio de desconto da tarifa de transmissão e distribuição e outros benefícios que foram feitos nesse caminho. Então quando a gente fala de transição eu até aceito dizer que nós temos que caminhar em direção à transição energética, mas nós já estamos nela há muito tempo e temos que pensar talvez na transição 4.0, que é agregar mais fontes renováveis e trazer todas as suas externalidades e vantagens para o meio ambiente e isso tudo nós temos no Brasil”, explicou.

Fonte: Canal Energia

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