Solar ainda depende de competitividade

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A rápida expansão da energia solar no Brasil, que em julho alcançou 3.023 MW em potência instalada, vem ocorrendo majoritariamente graças a projetos de geração centralizada. Neles, a maior parte da energia é negociada em leilões organizados pelo governo federal. A comercialização da energia solar no mercado livre ainda é pequena, mas tem perspectivas favoráveis de crescimento.

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), do total de potência instalada, 2.103,2 MW já estão alocados em projetos do mercado cativo, e os 919,8 MW restantes são projetos de micro e mini geração distribuída. Há ainda um volume de 1.800 MW que já foram contratados e estarão entrando em operação ao longo dos próximos anos. “A maior parte desse volume será comercializada no mercado regulado, mas uma fração de pelo menos 160 MW deverá ser destinada ao mercado livre”, diz Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar.

A participação da energia solar no mercado livre tenderá a crescer no médio e longo prazo por causa do aumento da competitividade da fonte e com as mudanças previstas no Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), que determina os preços de energia no curto prazo. Atualmente, o país adota a formação do PLD semanal, mas a entrada em vigor dos preços horários, prevista para janeiro de 2020, deverá beneficiar as fontes intermitentes como solar e eólica.

A Electra Energy, que atua como comercializadora de energia e também tem participação em projetos de geração de energia renovável, está investindo em uma usina solar com capacidade para gerar até 296 MW em Gilbués (PI). O empreendimento será implantado em módulos de 30 MW, com início da construção do primeiro módulo previsto para 2020 e um investimento de R$ 120 milhões. “Temos clientes que buscam adquirir especificamente a energia solar, por ser fonte de menor impacto ambiental e custos em queda acentuada”, diz Claudio Alves, diretor presidente da Electra.

Fonte: Valor

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