Consulta Pública do MME para entrada da baixa tensão no ACL é uma vitória do setor, avalia CCEE

Abertura de mercado deve ser suportada por regulações, diz Feitosa
14 de October de 2022
Abertura em 2028 não deve trazer sobrecontratação, aponta TR Soluções
14 de October de 2022
Show all

As propostas feitas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE para a abertura total do mercado livre, considerando até os consumidores ligados na baixa tensão, foram colocadas em debate pelo Ministério de Minas e Energia – MME, por meio de uma Consulta Pública lançada na última sexta-feira (30). O cronograma sugerido libera o acesso para unidades comerciais e industriais a partir de 2026 e, enfim, para as residências a partir de 2028.

O presidente do Conselho de Administração da entidade, Rui Altieri, avalia que o modelo desenhado está perfeitamente em linha com as necessidades apontadas pela organização para que o processo ocorra de forma sustentável, contínua e previsível. “Esta é uma pauta antiga do setor e agora estamos cada vez mais perto de tornar o mercado livre para todos. Mas é fundamental que esta transformação venha acompanhada de aprimoramentos regulatórios e da criação de novos serviços”, aponta o executivo.

“De forma acertada, o MME destacou na Consulta Pública a obrigatoriedade do atendimento dos consumidores na baixa tensão por comercializadores varejistas, que serão responsáveis por gerir oportunidades e riscos dos seus clientes. Também previu o desenvolvimento das figuras do agregador de medição, que é quem irá coletar os dados de consumo das unidades que migrarem, e do supridor de última instância, empresa que estará a cargo de quem ficar sem fornecedor em casos, por exemplo, de perda da condição de comercializador”, destaca Altieri.

O mercado livre já representa mais de 35% do consumo total de eletricidade do Brasil e conta atualmente com mais de 10.500 unidades consumidoras, segundo dados da CCEE. No ambiente, é possível negociar o insumo diretamente com geradores ou comercializadores e negociar contratos sob demanda, vantagens que podem permitir encontrar energia mais barata.

A Consulta Pública do MME permanecerá aberta para contribuições até 1º de novembro. A iniciativa vai ao encontro da Portaria 50/2022, também publicada na última semana, liberando a entrada a partir de janeiro de 2024 para os consumidores ligados na alta tensão, como indústrias e médias empresas.

Fonte: CCEE

Leave a Reply

Your e-mail address will not be published. Required fields are marked *

× Quer economizar?
//]]>