Diante da redução inesperada no consumo de energia elétrica causada pela pandemia de COVID-19, a sobrecontratação das distribuidoras brasileiras se afastou ainda mais do limite regulatório em 2020. No encerramento do ano, as empresas contavam com um volume contratado de energia que correspondia a 109,1% da carga registrada no período. Os dados foram divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.
Balanço Energético Contabilizado em 2020
Em 2020, enquanto a carga no Ambiente de Contratação Regulada – ACR chegou a 43,5 gigawatts (GW) médios, os contratos registrados pelo conjunto das distribuidoras atuantes no país somavam 47,5 GW médios.
Para este ano, a estimativa da CCEE aponta para uma sobrecontratação de 105,1%, já bem próxima do teto regulatório. Em 2021, a expectativa é que a chamada Distribuidora Brasil conte com contratos de 47,6 GW médios, amparados por uma carga de 45,2 GW médios. De acordo com o levantamento, a contratação das empresas de distribuição só deve voltar a ficar abaixo dos volumes consumidos de energia em 2025.
Balanço Energético Projetado para 2021
Os resultados consideram a projeção mais recente publicada pela CCEE, em conjunto com o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS e a Empresa de Pesquisa Energética – EPE, para o planejamento anual.
“Uma gestão aprimorada da contratação de energia garante uma operação mais eficiente de todo o sistema. Justamente por isso, estamos colocando a modernização da contratação do mercado regulado como um dos focos da Câmara de Comercialização. Queremos apresentar propostas de melhorias para os mecanismos que ajudam as distribuidoras a administrarem estes valores”, afirma Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE.
Fonte: CCEE