O mercado livre de energia, ambiente de contratação competitivo no qual consumidores podem escolher os fornecedores, propiciou patamar anual recorde de R$ 41 bilhões de economia nos gastos com energia elétrica, resultado impulsionado por um consumo médio mensal de 24.503 MW médios, volume inédito no histórico de demanda pelos consumidores livres.
Incluindo esse patamar de consumo em 2022, o mercado livre de energia já propiciou ganhos acumulados de R$ 339 bilhões aos consumidores que têm autorização de participar desse ambiente de contratação, onde os preços para aquisição de energia elétrica foram, em média, 49% menores no ano passado em relação ao preço médio praticado no mercado cativo.
Os valores poupados pelos consumidores que podem participar do mercado livre de energia foram compilados no Economizômetro, calculadora digital da Abraceel, que mensura e oferece transparência para a economia gerada pela concorrência e pelo direito de escolher o fornecedor de energia elétrica – um privilégio de apenas 31 mil unidades consumidoras, o equivalente a 0,03% do total de 89 milhões de unidades consumidoras de energia no país. Cada unidade consumidora equivale a um medidor de energia.
Esse montante de recursos economizados deve começar a crescer de forma mais acelerada a partir de 2024, segundo a Abraceel, pois a partir de 1º de janeiro de 2024 todos os consumidores de energia em alta tensão estarão autorizados a escolher o próprio fornecedor. Esse grupo é formado por 106 mil consumidores, com faturas mensais acima de R$ 10 mil. “Esses consumidores passarão a ser disputados por dezenas de empresas que vão competir pela conta de energia deles, oferecendo não somente preços mais baixos, mas serviços associados à gestão de energia para aumentar a flexibilidade e a produtividade das operações desses clientes”, explicou Rodrigo Ferreira, presidente-executivo da Abraceel.
Para a Abraceel, a abertura completa do mercado de energia elétrica no Brasil, que dará a todos os consumidores, inclusive os residenciais, o direito de escolher o fornecedor e buscar preços mais baixos por meio da concorrência entre as empresas, é uma reforma microeconômica que está atrasada há quase 20 anos e deveria ser encarada como política pública para reduzir de forma estrutural os preços da energia elétrica no país, inclusive para a população de baixa renda. “Quando a legislação efetivar o direito para todos os consumidores de energia escolherem o fornecedor e poderem migrar para o mercado livre, isso causará um choque de eficiência na atividade econômica similar ao que ocorreu quando a telefonia se tornou acessível a todos”, explicou.
Fonte: Abraceel