Fontes de energia renovável registraram crescimento na geração nos 15 primeiros dias de julho, na comparação com o mesmo período no ano passado. Hidráulicas (7,2%), eólicas (10,7%) e fotovoltaicas (30,9%) apresentaram aumento de geração, de acordo com os dados preliminares da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A geração termelétrica verificou queda de 34,2%, mas no grupo, as usinas à biomassa tiveram alta de 6,8% nos primeiros 15 dias de julho, ante mesmo período em 2019, passando de 4.166 MW médios para 4.452 MW médios.
Os dados indicam ainda uma retração de 1,1% na produção de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) na primeira metade de julho, caindo de 61.370 MW médios no ano passado para 60.700 MW médios em 2020 – fruto de medidas menos restritivas de isolamento social. A geração de autoprodutores de energia, em contrapartida, cresceu 11,1% em julho.
Consumo de energia
O consumo de energia no SIN nos 15 primeiros dias de julho reduziu 2,4% ante o mesmo período no ano passado, recuando de 58.882 MW médios para 57.464 MW médios, menor variação apresentada desde o início do isolamento social.
No Ambiente de Contratação Regulada (ACR), a queda na demanda foi de 3,5%, fechando em 39.023 MW médios, por causa da migração de consumidores para o mercado livre e por causa das restrições causadas pelo combate à Covid-19. Expurgadas as migrações, a queda seria de 1,4%.
No Ambiente de Contratação Livre (ACL), o consumo apresentou o mesmo volume de energia consumida no ano anterior, 18.442 MW médios, mas ao expurgar o impacto da migração dos consumidores cativos, o ACL apresentaria queda de 4,6%.
A maior parte dos ramos de atividade apresentou crescimento do consumo de energia no mercado livre. As maiores altas foram dos setores saneamento (30,7%), comércio (12,8%) e bebidas (9,8%), porém este aumento está diretamente vinculado à migração dos consumidores para o mercado livre. Ao expurgar o efeito da migração para o ACL, verifica-se leve crescimento do consumo somente nos ramos de saneamento (4,1%), bebidas (4,3%) e minerais não metálicos (2,8%).
Fonte: Canal Energia