A Petrobras vai aguardar a definição de um marco regulatório das eólicas offshore no Brasil para seguir com as análises técnicas e financeiras desses novos projetos.
Segundo o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade, Maurício Tolmasquim, as análises na companhia ainda estão em estágio inicial.
O diretor reforçou que a prioridade da empresa será atuar em parceria com outras empresas na entrada em novas fontes de energia.
Há um acordo inicial com a Equinor para desenvolver até 14,5 GW de potência de geração eólica no offshore, por exemplo. São termos para estudo de investimentos conjuntos.
Segundo Tolmasquim, a estratégia está ligada ao compartilhamento de investimentos, experiências e riscos. “Quando se reduz a quantidade de capex comprometida em um projeto específico, é possível entrar em mais projetos”, afirmou.
Em vídeo apresentado aos acionistas, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reforçou a intenção de atuar em parcerias.
“Temos condições sólidas para seguir com o plano de diversificar investimentos e fortalecer a Petrobras como uma companhia de energia integrada, justa e longeva”, disse.
O governo Bolsonaro (PL) editou decretos e regulamentos para contratação das áreas offshore em 2022. Setores do governo chegaram a tentar tirar o primeiro leilão do papel, sem sucesso.
Na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o tema está programado para 2024. Alessandro Cantarino, superintendente de Regulação dos Serviços de Geração, disse à epbr esta semana que a agência deve intensificar no ano que vem os trabalhos.
Segundo Cantarino, primeiro vai ser definida uma análise de impacto regulatório, seguido por uma consulta pública para que então a proposta de regulamentação seja submetida à diretoria da agência.
“Estamos neste momento no trabalho de aprendizado, conhecimento, pesquisa. Ao longo de 2024, devemos ter novidades”, disse.
Na Câmara, tramita o projeto de lei 576/2021, aprovado no Senado ano passado. É de autoria do atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, ex-senador pelo Rio Grande do Norte.
A Petrobras e a TotalEnergies esperam que o governo federal faça o primeiro leilão de áreas para geração de energia eólica offshore em 2024. A expectativa é compartilhada pelo IBP, que representa as produtoras de petróleo.
“Temos expectativa de um leilão no segundo semestre do ano que vem e estamos nos preparando para isso”, disse Fernanda Scoponi, gerente sênior responsável pelo desenvolvimento de negócios de energia eólica offshore da TotalEnergies no Brasil.
A expectativa foi compartilhada por Fernanda Delgado, diretora executiva corporativa do IBP, que participou com Scoponi durante evento da Câmara de Comércio Brasil-Texas, em Houston, nos Texas (EUA).
E pelo diretor de Transição Energética da Petrobras, Maurício Tolmasquim, em entrevista à epbr. Veja toda a cobertura da OTC 2023.
Fonte: epbr